16.7.09

Comentário_1.1

A meu ver todos os trabalhos tem o “dedinho” de professores, isto é, todos procuraram que mensagem transmitida fosse clara, respeitadora da perspectiva do autor e apelativa em termos gráficos. O resultado obtido penso que foi óptimo e, se todos aprenderam tanto como eu a trabalhar em conjunto em torno de um objectivo comum, então valeu mesmo a pena.

Respondendo às questões:
- Sendo a nova forma de aprender do estudante digital centrada nos "seus critérios e apenas sobre os seus interesses”que implicações terá esta característica na educação dos mesmos?

Concordando com o que a maior parte de vós já expos relativamente ao papel do professor, não posso deixar de referir que o ensino, directamente relacionado com a instituição escola, sempre se deparou com o problema de ser construído e regido por uma geração e destinado à geração seguinte. Se tivéssemos à nossa disposição uma máquina do tempo há 50 anos atrás talvez encontrássemos diferenças tão significativas e aparentemente tão irreconciliáveis entre professores e alunos, relativamente a valores e expectativas de vida, como as de hoje. Assim sendo, penso que é sempre possível a convivência entre os dois “mundos” desde de que, naturalmente, se façam “cedências” parte a parte. No caso Nativos “versus” imigrantes digitais os primeiros terão que prescindir da postura de que só faço o que me interessa e os segundos terão que procurar encontrar e utilizar as ferramentas facilitadoras das aprendizagens dos nativos.
No entanto, reconheço que provavelmente este problema é mais gritante actualmente porque a evolução é muito mais rápida e os seus efeitos não se fazem sentir no período de uma geração mas, se calhar, em apenas 10 ou 15 anos. Talvez por isso, hoje mais do que nunca, é confrangedor para qualquer professor o aparente desinteresse que a geração dos nativos tem para com a escola. Claro que os professores tentam “chegar” aos seus alunos mas será isso o suficiente? Não terá que se repensar a organização curricular existente, (talvez permitindo a existência de percursos diferentes)? Não será de repensar a organização por níveis em vez da tradicional turma?

- "Estará o novo estudante digital mais preparado para o futuro do que o imigrante digital?"
Do meu ponto de vista, claro que estará! Embora sendo uma imigrante não partilho da opinião de que no meu tempo é que era bom, como normalmente se ouve dizer. Assim como os que fizeram a tal 4ª classe em que se aprendia tudo hoje são incapazes de interpretar um gráfico, preencher um formulário, e engrossam as filas da Caixa Geral de Depósitos por não saberem usar as máquinas Multibanco, também os que não acompanharem o “progresso” serão excluídos do futuro, que se perfila digital.
As minha dúvidas e preocupações prendem-se com a capacidade de estabelecer e manter relações interpessoais e no respeito pelo trabalho dos outros, manifestado pela facilidade com que plagiam trabalhos e “piratiam” músicas, filmes, …

[] Filomena Grazina

por Mª Filomena Grazina - Quarta, 25 Março 2009, 01:55

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Media Digitais e Socialização

Este blog pretende reflectir o que foi o meu percurso na UC de Médias Digitais e Socialização (UAbMCEM 2009) , da responsabilidade das Docentes Lúcia Amante e Maria João Silva.
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Trabalha na Escola de Aranguez (Professora do Grupo 520)Estudou Comunicação Educacional e Multimédia na Universidade Aberta(MCEM2009).

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